Erick Lustosa
"É interessante como o fracasso de um projeto pode mudar positivamente a vida, às vezes mais do que qualquer sucesso" - Cacá Diegues
Erick Lima Lustosa
2/21/20242 min read
Gosto de pensar em mim como uma variante de mim mesmo, numa constante inconstância, como alguém em ebulição.
Sou pai da Ana Vitoria e do Raphael, marido da Raphaela , filho, irmão, padrinho, também sou servidor, sou servido, sou servo, sou várias coisas e por vezes nenhuma. Nasci no Piauí, cresci no Ceará, me fiz profissionalmente em Pernambuco e construí minha família em Sergipe – sou Nordestino! Pela mistura de sotaques e de culturas e conhecendo tanta gente diferente, aprendi a lhe ter respeito e a respeitar quem você é.
Leio quadrinhos desde que eu era um menininho pirrototim internado no Sarah Kubitschek em Brasília, foi lá que vi meus primeiros super-heróis voarem, foram eles que me deram a esperança de que eu poderia seguir em frente, mudar e vencer. Assim, heróis reais e de papel inspiraram a minha vida inteira e me ensinaram a ser melhor.
Cresci lendo de tudo, ainda sou um apaixonado por Machado de Assis, assim com ansiava cada novo livro do Jô Soares, mas não me atrevi a ler “Maribondos de fogo”... por outro lado a “coleção Vagalume” fez minha juventude na escola, assim como Turma da Mônica, os heróis Marvel e muito quadrinho nacional, principalmente de terror. Também sou cinéfilo, amo o cinema brasileiro e nossa cultura e talvez por isso tenha aprendido a desenvolver um senso crítico de ver virtudes onde muitos somente vêm defeitos.
Fiz meus primeiros fanzines na escola, lá em Fortaleza... acostumado com narrativas trágicas quase apanhei de meus amigos com o final de minha primeira história :D – Tenho culpa se mataram o primeiro super herói de minha infância de câncer?
Já amadurecendo e inspirado por Emir Ribeiro (Velta) e no trabalho de Francinildo Sena (Crânio) fiz meu primeiro fanzine em larga escala em 2004: O Martelo, espalhado para o Brasil inteiro. Se o Francinildo falava de super-heróis Brasileiros eu falaria das personagens de terror Brasileiros! Lá criei uma versão da Mula-sem-Cabeça, que cativaria leitores, ajudei a fundar o grupo Brado Retumbante e saí pouco depois. Estudei roteiro pra cinema, fiz concursos, estudei roteiro pra quadrinhos, abandonei os quadrinhos e depois voltei a produzir... nesse renascimento viria a Aliança Vanguarda, numa parceria com o amigo Alexandre Pauli (Spitter Dragon) e muito mais parcerias viriam em seguida.
E agora? E agora o futuro se desenha a cada dia.